quinta-feira, 14 de maio de 2009

Matrimônio: involução da espécie! - parte 1

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Por que diabos tantos casamentos?


Francamente falando, é muito difícil de compreender o motivo de espécies tão diferentes (homens e mulheres, doravante denominados homo sapiens lupulus e homo sapiens celularis) apresentarem esta necessidade premente de assinarem um contrato que certamente as levará à ruína emocional, social e financeira.

A vontade de casar-se é uma das várias patologias adquiridas onde as vítimas parecem não conseguir discernir o certo do errado ou identificar de forma coerente o verdadeiro motivo desta auto-flagelação. É caracterizada por perda total de crítica e senso de ridículo.
Seguem algumas possíveis causas científicas:

Especulo que a primeira razão plausível é o excesso de novelas, filmes e mini-séries ensaboados espalhados pelos meios de comunicação. Deve ser bonitinho inspirar-se nessas merdas e sair pelo mundo se fazendo de coitadinho e procurando seu parzinho ideal.
O problema é que nenhum dos pombinhos fica no cinema pra ver os arranca-rabos, acusações e tudo mais o que acontece depois dos letreiros e antes do inevitável divórcio.


O segundo e mais antiquado, seria a necessidade humana de fazer sexo constantemente.
Meus caros, essa fase de casar pra poder meter acabou com a minha avó ou antes. Não há mais a necessidade, na sociedade moderna, de meter uma argola de ouro no quarto quirodáctilo esquerdo de outra criatura pra poder molhar o biscoito.
Hoje, gente feia e gorda consegue um parceiro(a) como qualquer outra pessoa; dependendo do nível alcoólico e da aceitação de que todo eventual parceiro(a) tem um, dois ou inúmeros defeitos.

(Afinal, em tempos de guerra, qualquer buraco é trincheira... mas isso é assunto para outro post.)

O terceiro deve incluir a necessidade humana de experimentação: não é suficiente crer em todas as pessoas que se foderam no matrimônio. Se conselho fosse bom, ninguém dava de graça, não é?
Você precisa estar lá, fazer todo o ritual e tomar na cabeça exatamente como seus conselheiros, para poder dizer por experiência própria que é ruim... é melhor exemplificado com um jargão futebolístico: "Este sabe porque já esteve lá".

Outras pessoas devem ter um gosto refinado (pra não dizer masoquista) por aventuras... tem gente que pula de bungee-jumping, gente que mergulha com tubarões, por que não casar?
Deve-se ter ótimas histórias pra contar depois de um matrimômio (e divórcio, com todos os seus requintes de crueldade) com uma criatura totalmente desequilibrada (estatisticamente, um em cada dois humanos no mínimo).

Mas a razão mais plausível seria um misto de sadismo com vingança pessoal.
Você decide se casar com a pessoa que você mais odeia na face da Terra, para que ela precise suportar seus caprichos e intempéries dioturnamente; além disso, vale lembrar que, embora o relacionamento possa acabar, ex-mulher ou ex-marido são pra sempre... é um rótulo que não se perde, um tormento cíclico e perpétuo. Prometaico!
É a idéia quase maquiavélica de manter os amigos perto, mas os inimigos mais perto ainda.


Por fim, talvez faça parte do ciclo da vida... nasce, cresce, reproduz, morre... infelizmente, alguns de nós esquecem de pular a terceira parte.


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