quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Carnavacas.


Foi-se finalmente o carnaval... com ele, vai-se o verão (na teoria isso só ocorre no equinócio) e, em algumas regiões do país, inicia-se o ano laboral. (em outras, trabalhar não é considerada uma atividade legítima)

Vão-se também, para nosso pesar, os momentos em que as mulheres desnudam-se sem pudor.

Sejamos sinceros... uma mulher pelada é sempre uma mulher pelada, e nós, homens, sempre vamos olhar pros peitões, pra bunda e tudo mais o que temos direito.

Pra elas, é lícito mostrar a "caixa de ferramentas" sem sentir vergonha no carnaval.
Na folia de Momo tudo é válido... é como se elas tivessem amnésia seletiva, da sexta até a quarta de cinzas, quando as campeãs da putaria viram as rainhas da bateria.

Deve ser muito triste reprimir a vontade de mostrar os peitões na televisão nos outros trezentos e sessenta dias do ano, como deve ser difícil manter sigilosa a vontade reprimida de mostrar-se como se é (por convicção ou por dinheiro, não interessam os motivos).

No final das contas, elas fingem que não são tão fáceis assim, e nós fingimos que acreditamos ... tudo para ver novos peitões na próxima temporada.

Infelizmente, o ar dos sambódromos, infestado com midazolam oligoneurodirecionado, se dispersa na quarta-feira, quando a falsa moral renova os ânimos pudicos nesta abençoada terra.

O que fazer? Aceitar a falsidade e esperar outro fevereiro.

No final das contas, podemos até jurar que acreditamos nesse papinho de "nu artístico", mas ninguém é tão pato assim...

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Tempo é dinheiro


Não com muita saudade, lembro-me do tempo em que me sentia obrigado a ficar em algo que não me agradava apenas por já ter pago.


Esta é autobiográfica e vem com um exemplo.

Fui convencido a visitar um famoso parque aquático na região; e, como todos os seres humanos que ainda trabalham (reconheço ser um dos poucos que não inventa doenças para faturar aposentadoria pelo INSS ou faz uma penca de filhos pra descolar um "bolsa-preguiça" qualquer), o único dia possível envolveria um final de semana ou feriado.

Pra encurtar os fatos, havia incontáveis Lulistas no local... era fila pra entrar no estacionamento, fila para retirar o ingresso (mesmo com fila específica para quem já tivesse pago pela Internet, algumas criaturas conseguem demorar mais de 20 minutos pra trocar uma maldita folha de papel por outra), fila para entrar, fila para tentar alugar um armário (não havendo armário suficiente para todos), fila para comer, fila para os malditos brinquedos, fila até pra poder pegar fila.

A coisa toda parece um zoológico, onde a maior diversão (talvez a única no maldito lugar que não precise pegar fila) é ficar vendo os Lulistas divertindo-se nas inúmeras filas... rindo, torrando ao sol, curtindo realmente aquele dia de filas.

Pensando friamente, vou criar um parque temático apenas com filas, sem os brinquedos... acho que esse tipinho de gente gosta mesmo é delas. Podem até acabar num precipício... e, por mais que assim os clientes não voltem, pela quantidade abundante destas criaturas, acho que meu negócio não vai à bancarrota.

A vantagem de ter virado um cara velho e cheio de manias é que não me obrigo mais a "aproveitar" o dinheiro que gastei para entrar na bosta do parque. Fiz uma enorme cagada me deslocando até lá e pagando por isso; mas não vou continuar insistindo no meu erro.
Ao invés disso, vou aproveitar melhor o meu tempo, e deixar os Lulistas aproveitando seu (e meu) dinheiro.

Saldo final do dia? Após menos de duas horas observando os Lulistas nas filas, o melhor é trocar de roupa no estacionamento (afinal, se não há espaço nos armários, onde ficou a roupa seca?), voltar pra Sampa e procurar um restaurante caro (sem Lulistas) e sem filas (sem Lulistas).

Meu tempo vale muito mais que meu dinheiro... vantagem discreta de ser um velho turrão no mundo moderno.

Deixo a Lulalândia para os Lulistas, felizes com suas intermináveis filas e "bolsas-preguiça".
Se o fato de rejeitar voluntariamente estas agruras pode me transformar num elitista... me põe na fila!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Vegetari-ânus!


Começo com uma definição de vegetarianismo, pelos próprios:


"Vegetarianismo é o regime alimentar no qual nada que implique em sacrifício de animais possam servir à alimentação. Assim, os vegetarianos não comem carne e seus derivados, mas podem incluir em seu regime, leite, laticínios e ovos."


Pois bem... certamente ninguém leu a definição de "Onívoros" em algum maldito dicionário, então, também transcrevo:


"Os onívoros são os animais que se alimentam tanto de produtos de origem animal como vegetal.

Normalmente são predadores, mas têm o aparelho digestivo adaptado a metabolizar diferentes tipos de alimentos. Por exemplo, os mamíferos onívoros têm dentes caninos menos desenvolvidos que os carnívoros e os incisivos e molares menos complexos que os herbívoros."

Pois é... milhões de anos de evolução para que a natureza (chame de "mãe natureza" se você quiser pagar uma de amante dos animaizinhos e das plantinhas) crie no tal "ser humano" presas (vulgo "dentes") e um sistema digestivo bem adaptados a uma dieta balanceada pra você, vegetariano, decidir por sua própria conta que ela está errada.
Portanto, ser um "amiguinho dos bichinhos", em última instância, é agir absolutamente contra as vontades da natureza, quer um vegetariano goste ou não.

Outra coisa: os onívoros são predadores, e os seres humanos são onívoros.

Você, vegetariano, que não é um predador, não se sentiria melhor sendo enquadrado em outra espécie? Pense, por favor, num outro bicho parecido com um ser humano mas que tenha um monte de frescurinha pra comer... que tal um espantalho-comedor-de-folhas? (como isso ficaria em latim? Espantalhus folius comedorius sapiens...)

Ou então, não acha que ficaria melhor enquadrado no reino vegetal? Vamos (nós, onívoros) plantá-lo num vaso e regar uma vez por dia!

Você, vegetariano, se não quer ser um predador, automaticamente vai virar uma presa! (afinal, a natureza, que transformou o ser humano em predador, não está nem um pouco preocupada se você vai ser fresquinho na hora de comer)

Alguns animais são presas... são alimentos. Estão na parte de baixo da cadeia alimentar (lembra?)
Quando um gavião destroça um bambi e faz um banquete... isso não é cruel, é?
Você não viu o "Rei Leão"? Não aprendeu nada sobre o "Circle of life"? Fugiu da escola?


Se não existissem açougues, eu mesmo mataria um boi (ou uma galinha, do jeito que aprendi com a minha finada avó), só pra poder comer a sua carne. Sou onívoro, sou predador, um ser humano. (não que seja uma grande vantagem, mas tenho mais o que fazer do que ir contra a minha natureza)


Dúvidas? Pergunte ao Senhor Darwin.

Mais sobre os animais: matá-los pra mandar carne pro meu prato é crueldade, mas deixá-los numa gaiolinha minúscula a vida toda pra mandar ovos pro seu prato não é? Isso também não é uma forma de "sacrifício"? Ah, fala sério...


Outra coisa: quer ser diferentão? Que tal parar de comprar casacos de pele de raposa, coelho ou bolsas e sapatos de couro de boi ou jacaré?
Já se viu vegetarianos fazendo fila pra comprar um sapato de "couro" de palmeira real?
Os animais só sofrem nos pratos dos restaurantes; nas lojas do shopping tudo é bonitinho.

Santa hipocrisia, hein?


Por fim, gostaria de lembrá-los que, independente do que entrar; no fim, só vai sair merda.




segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Aspirações infantis e a dura realidade...


O desencontro entre o mundo que nos cerca e as aspirações nele projetadas desde a maturação do indivíduo são gritantes.

Em verdade, a maioria das pessoas imagina para si mesmas um futuro baseado em experiências enganosas de seus primórdios de vida; sendo a realidade obviamente diferente.

Resultado: decepção, depressão e, claro, reclamações sem fim de como a vida devia ser.


Direto ao ponto: a Barbie é uma filha-da-puta!




Tem a Barbie de conversível, a Barbie de casaco de pele, com cartão de crédito ilimitado, a Barbie no salão de cabeleireiro, a Barbie executiva e até a vadia da Barbie astronauta...

Que bobagem do caralho!

Tá na hora de ensinarmos pras meninas como é a vida.
Algumas sugestões:

- Barbie dona-de-casa: roupas de perua, cara de metida. Vem com lenço na cabeça, carrinho de supermercado vazio e caixinha de fluoxetina. Tem consulta agendada pra tratar fibromialgia.

- Barbie mulher de malandro: roupas de perua, cara de metida e não vem com celular pra ser sempre a última a saber. Opções de olho roxo à direita, esquerda ou bilateral, óculos escuros opcionais.

- Barbie Maria Chuteira: roupas de perua, cara de muito metida e vem com camisas de diversos times pra poder "virar a casaca". Opcional com cabelo igual ao do Ronaldinho (qualquer um dos dois ou meio-a-meio).

- Barbie Funkeira: roupas de perua, cara de metida, toca "bonde do Tigrão" quando vc aperta a buzanfa e dá uma reboladinha. Acompanha tubo de KY.

- Barbie prenha de pagodeiro: roupas de perua, cara de metida... o "pacotinho" já vem com o cabelo raspado curtinho e pintado de amarelo.

- Barbie atriz, modelo a apresentadora: roupas de perua, cara de metida... além disso, não serve pra nada.

- Barbie BBB: Troca de roupa quando você está olhando e tem duas caras (uma de metida, uma de boazinha), tenta um romance com qualquer boneco que encontrar (é a hora em que o Falcon se dá bem), já tem contrato com a Playboy e a caixa vem com um furinho pra você ficar espiando.


- Barbie amiga-gorda: Vem junto com uma barbie gatinha. Utiliza roupas ultrapassadas, óculos fundo-de-garrafa; vem com balança, prato de salada e esconderijo para doces no chapéu. Ao apertar o botão, começa a falar sobre o "estigma da beleza artificial através da massificação imposta pela mídia no mundo moderno"... ideal para crianças que não pretendem comprar um boneco do "Ken".

- Barbie astronauta do mundo real: macacão prateado de perua, cara de metida e vem com um botãozinho vermelho que você aperta pra colocá-la em órbita quando ela enche o saco.

- Barbie perfeita (recorde de vendas): sem roupa, cara de metida, gostosona; vira uma pizza depois que você para de brincar com ela. Opcional "afônica" custa o dobro do preço.

Pra terminar, o mais importante é mudar o bosta do "Ken" (nominho, hein?)... nada de corpão malhado e roupinha de surfista. O novo Ken (deveria chamar-se "Zé") usa terno surrado, sujo, desarrumado, cabelo mal cortado... vem com garrafas de cerveja de brinde e uma pancinha considerável... algo como Al Bundy ou qualquer um de nós.


Born to be wild


Blog serve para várias coisas...

Não consigo pensar em nenhuma que não inclua ser bastante incoveniente e encher o saco - e o eventual correspondente feminino de saco (no sentido figurado, obviamente), que ainda vou nominar - dos outros.

É com este intento que hoje, nasce "O Moustachista".

Filho bastardo e sem mãe do grande "Sob os Bigodes de Arnaldo" mas dedicado exlusivamente a temas menos lúdicos, menos elaborados, menos poéticos, menos bonitinhos... pois é, este pode ser um "Blog menos" se visualizado por esta ótica.

Todos os artigos "Moustachistas" incluídos nos "Bigodes" serão transportados a seu tempo, de acordo com meu estado de ânimo e paciência; e, embora eu tenha o saco mais complacente do universo, muitas pessoas espalhadas por esta vasta terra têm (ao menos este acento a merda da reforma ortográfica não me tirou) o infeliz hábito de tentar mantê-lo cheio, o que ocasinalmente consome meu tempo.

Se alguém, algum dia resolver ler esta porra... Bem-Vindo! (foda-se a reforma)

Aliás, regra geral: me obrigo a escrever uma vez por semana. Mais que isso é lucro.
Em tempo: tenho direito a um mês de férias, décimo-terceiro, FGTS e sete virgens nuas me esperando no paraíso...