No início, cada um produzia apenas o necessário para sua subsistência.
Depois, criou-se o excedente, acumulado em favor da tribo. O chefe da tribo percebe a balbúrdia e controla o excedente.
Perceberam que acumular era bacana, e desenvolveram dois meios de acelerar o processo: tomar o que os outros acumulavam e aumentar os meios de produção, colocando outros pra produzir (não necessariamente com consentimento).
Mais tarde, alguns perceberam que poderiam terceirizar o esforço de controlar os meios de produção e ficar só coçando o saco... surgiram os reinos.
Veio a religião, disse que acumular era pecado e ficou com as sobras.
Veio outra religião disse que acumular era bacana, mas queria uma parte do bolo.
Mais do que acumular, tornou-se bacana trocar coisas que você possuía ou conseguia pelo que os outros acumulavam... aquece o comércio.
Quem mais acumulava ou mais trocava, queria ter as melhores coisas: apresento a burguesia.
Depois, todo mundo passou a querer acumular sem esforço: apareceram os golpes de estado, invasões, proliferaram os ladrões, criaram os políticos e a burocracia...
Uns espertinhos percebram que quanto mais se produz, mais se tem pra trocar e juntaram um montalhão de gente pra produzir. É a revolução industrial.
Um dia, alguns vermelhos cansaram de produzir para os outros e acharam que tudo precisava ser dividido igualzinho...
Por fim, cresce assustadoramente a quantidade de pessoas que inventa sequencialmente coisas que você não precisa e desenvolve formas para que você as queira e troque o que produz por elas...
Agora, vá lá na mesa do escritório e veja a fatura do cartão de crédito da patroa...

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